Construído a partir de fatos verídicos, o texto é baseado na vida de Volta Seca. Recrutado ainda criança por Corisco, o cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino Ferreira e Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas históricas no sertão baiano, ricamente descrito no enredo da peça.
A narrativa percorre o campo das idéias e ações do bando, pincelando o discurso e a visão de mundo, expondo a hierarquia militarizada, passando pelo treinamento dos “cabras” até chegar às suas estratégias de combate. A cultura do cangaço tem cuidadoso tratamento na representação do repertório musical e também da culinária própria do bando.
Escrito em um ato para o teatro, o texto é documental e revela as perseguições das volantes, os momentos de descontração do bando e, de maneira particular, a própria saga da personagem. Um dos maiores fenômenos populares do Brasil, misto de banditismo e heroísmo no imaginário coletivo, o cangaço de Lampião desafiou as autoridades e sobreviveu por 20 anos às investidas das unidades volantes da polícia.
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